Lá para os lados de Lisboa, um jovem empreendedor decidiu
abrir um restaurante. Profundo conhecedor do “sentimento” do povo português
(sempre disposto a curvar-se aos poderosos) “explorou”, com sucesso, esta
característica popular.
Os seus “dotes criativos” (comprovados nas universidades
estrangeiras onde estudou à custa de todos nós) levaram-no a optar por ementas
bizarras que, segundo ele, eram necessárias para a modernidade nacional e para
a nossa credibilidade externa.
Após uma campanha publicitária sem precedentes, com muita
mentira à mistura, para o dia da inauguração optou pela seguinte ementa:
Entrada - Cristas de franga poedeira e Soufflé de peixes
homossexuais
Prato principal – Peidinhos de presidente e bufinhas de
ministros
Sobremesa – Fufas entrelaçadas com gays
Bebidas – água de malvas de lavar o cu e Xixi de
presidenta
Escandalizados com a “ousadia” da ementa, os que se
dirigiram ao local (badalado ate à exaustão na comunicação social de cordel)
liam a ementa e seguiam em frente com ar de enjoo. Eram bem audíveis os
comentários depreciativos, muitos em português vernáculo.
Mas,…eis que chega em caravana (bem montada nos bólides
pagos por todos nós) a fina flor política (governamental, legislativa e não só)
para uma “mariscada” previamente encomendada, gentilmente oferecida por um
consórcio qualquer (em “honra de uns submarinos, ou coisa assim).
A populaça, ao ver entrar no restaurante aquelas
celebridades, “parou para pensar” e passados minutos, acotovelava-se para
entrar e conseguir uma mesa para degustar a ementa do dia.
Os finórios saboreavam a variada e abundante “mariscada”,
numa sala ao lado, fora das vistas do povo (que compreende muito bem a
necessidade dos “cabeças pensantes” não se misturarem com ele).
Foi um ver se te avias enquanto a “comidinha” esgotou!
Todos ficaram muito felizes e pagaram sem reclamar nem
pedir fatura!
Esperto como é, o “génio criativo” aplicou ao povo a
praxe que os doutores faziam (fazem?) aos caloiros de medicina, quando lhes
dizem para meter o dedo no cu de um cadáver e chupar a seguir, exemplificando o
ato, mas metendo o dedo indicador e chupando o anelar, enquanto os caloiros
metiam e chupavam o mesmo dedo…
As ementas criativas foram um sucesso, felizmente
passageiro.
Comprovou-se a “máxima” de alguém que um dia disse: O
povo até come merda e palha! É preciso é saber dar-lha!
Portugal é assim! O que se há de fazer?
Post Scriptum
Nesse dia o Sono´s
Restaurant enviou para ministério dos impostos cerca de meio quarteirão
de faturas. Obras de Mestre!
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