quinta-feira, 22 de maio de 2014

Sono´s Restaurant

Lá para os lados de Lisboa, um jovem empreendedor decidiu abrir um restaurante. Profundo conhecedor do “sentimento” do povo português (sempre disposto a curvar-se aos poderosos) “explorou”, com sucesso, esta característica popular.
Os seus “dotes criativos” (comprovados nas universidades estrangeiras onde estudou à custa de todos nós) levaram-no a optar por ementas bizarras que, segundo ele, eram necessárias para a modernidade nacional e para a nossa credibilidade externa.
Após uma campanha publicitária sem precedentes, com muita mentira à mistura, para o dia da inauguração optou pela seguinte ementa:

Entrada - Cristas de franga poedeira e Soufflé de peixes homossexuais
Prato principal – Peidinhos de presidente e bufinhas de ministros
Sobremesa – Fufas entrelaçadas com gays
Bebidas – água de malvas de lavar o cu e Xixi de presidenta

Escandalizados com a “ousadia” da ementa, os que se dirigiram ao local (badalado ate à exaustão na comunicação social de cordel) liam a ementa e seguiam em frente com ar de enjoo. Eram bem audíveis os comentários depreciativos, muitos em português vernáculo.
Mas,…eis que chega em caravana (bem montada nos bólides pagos por todos nós) a fina flor política (governamental, legislativa e não só) para uma “mariscada” previamente encomendada, gentilmente oferecida por um consórcio qualquer (em “honra de uns submarinos, ou coisa assim).
A populaça, ao ver entrar no restaurante aquelas celebridades, “parou para pensar” e passados minutos, acotovelava-se para entrar e conseguir uma mesa para degustar a ementa do dia.
Os finórios saboreavam a variada e abundante “mariscada”, numa sala ao lado, fora das vistas do povo (que compreende muito bem a necessidade dos “cabeças pensantes” não se misturarem com ele).
Foi um ver se te avias enquanto a “comidinha” esgotou!
Todos ficaram muito felizes e pagaram sem reclamar nem pedir fatura!

Esperto como é, o “génio criativo” aplicou ao povo a praxe que os doutores faziam (fazem?) aos caloiros de medicina, quando lhes dizem para meter o dedo no cu de um cadáver e chupar a seguir, exemplificando o ato, mas metendo o dedo indicador e chupando o anelar, enquanto os caloiros metiam e chupavam  o mesmo dedo…
As ementas criativas foram um sucesso, felizmente passageiro.
Comprovou-se a “máxima” de alguém que um dia disse: O povo até come merda e palha! É preciso é saber dar-lha!
Portugal é assim! O que se há de fazer?


Post Scriptum
Nesse dia o Sono´s  Restaurant enviou para ministério dos impostos cerca de meio quarteirão de faturas. Obras de Mestre!


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