domingo, 26 de agosto de 2012

Acidentes mortais com cães



Nas duas últimas semanas a imprensa noticiou duas mortes, ocorridas na região do Porto provocadas por cães: a de uma criança de 20 meses e de uma senhora de 46 anos.
Acho que vai ser necessário morrerem mais uns quantos, para as autoridades competentes encararem de frente o problema destes animais, muitos deles certamente ilegais a viver em condições nada adequadas.
Segundo li, nos últimos cinco anos foram registados em Portugal 4525 cães de raças potencialmente perigosas, o que pode ajudar a dar uma ideia do número real, se atentarmos por alguns momentos na quantidade de “curiosos” e “oportunistas” que andam por aí a cruzar raças, a treinar e a vender cães, em completo desrespeito pela legislação, pelas leis da natureza, pelos direitos humanos e dos animais.
São certamente muito variados os motivos que levam as pessoas a adquirir estes cães de raças perigosas “puros” ou “cruzados”. Serão até legítimos, mas o que não pode acontecer é que quando ocorre um acidente (mortal ou não) as coisas terminem com o seu abatimento, ficando ”de fora” quem o adquiriu, quem o vendeu ou ofereceu, quem o treinou, quem o cruzou…
 Num cenário destes, o animal (que é abatido) é o único a quem não devia ser assacada culpa…Todos os outros são responsáveis!
Haja respeito pelos cães que, vítimas da estupidez humana, perdem o direito de o ser quando são treinados para matar, os obrigam a viver em meia dúzia de metros quadrados, com ar condicionado, a comer uma vez ao dia e a vestir jaqueta…
Com as exigências a que os sujeitam, é natural que de vez em quando percam as estribeiras e matem os próprios donos! Isso é muito grave, mas mais grave ainda é quando matam quem não tem culpa!


Post Scriptum

E quando esses animais, como já vai acontecendo, forem abandonados na rua?
Quem garante a nossa segurança, muito especificamente a das crianças que instintivamente fogem perante a presença de um cão deste tipo?

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