terça-feira, 15 de maio de 2012

Eu não manto… sou sinto!

Gaspar foi perentório: «Eu não minto, não engano, não ludibrio»
Esta declaração de Gaspar deixou-me simultaneamente aliviado e preocupado. Fiquei aliviado como se fica quando se faz um xixi já muito apertadinho, por saber que estamos perante a presença de alguém sério, que não ri… Fiquei preocupado, porque me senti mal pelo facto de ter ousado pensar que Gaspar tinha uma obsessão fanática pela “arte ludibriática”, era um veterano na “arte do engano” e uma sumidade na “arte da inverdade”…
Penalizo-me pelo meu pensamento obsceno! (Senti-me incomodado quase ao ponto de não conseguir dormir, mesmo depois de ter reconhecido o meu pecado e de ter pedido perdão ao Divino Mestre que sempre me tem acompanhado nestas questões de consciência).
Todos os portugueses (e não apenas aquele punhadinho do costume) deviam estar reconhecidos pela idoneidade e isenção do senhor ministro.
Aqueles trocadalhos do carilho que ele utiliza destinam-se apenas a dar “aparato” às suas sonolentas e raras aparições.
Para ser ainda mais convincente devia ter acrescentado à sua proclamação: Eu não falo de…va…gar! Se o tivesse feito, juro que faria dele o meu ídolo (do mal).
Se tudo continuar como dantes, com aqueles “figurantes”, não tardará muito para vermos o senhor ministro no Parlamento, de dedo em riste e muito devagarinho, segredar à oposição (para não acordar alguns senhores deputados):
Fiquem sabendo que eu não manto… eu sou sinto! (talvez nem tinto), mas…



Post Scriptum

Salazar, a viajar
Muito, muito devagar
nas SCUts do inferno
Com ar cândido e terno:
Perguntou ao motorista:
Oh Vitista, Eu sou fascista?!
E ele respondeu:
Meu Deus do Céu!
Não! fascista sou eu!



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