segunda-feira, 5 de março de 2012

Mais uma “chapelada”…

As “chapeladas” dos líderes partidários quando estão no poder e se candidatam (sozinhinhos) a um novo mandato para a liderança do Partido são bem demonstrativas da degradação dos Partidos e do clientelismo que se gera à volta do ”chefe” na ânsia de os “chefinhos” e seus lacaios virem a ser contemplados com um tacho, uma mordomia ou um favorzinho… De forma pouco ”científica” direi que são pouquíssimos os militantes partidários que pensam por sua cabeça ou, melhor dito, que expressam o que pensam.
Seja o PSD, ou o PS, (com os outros muito provavelmente aconteceria o mesmo) quando o primeiro-ministro vai a votos, o resultado é sempre uma “chapelada” a rondar os 100%, como se alguém acredite que a “sensibilidade” dos militantes se afine por um diapasão quase unitário, em que todos vivem felizes e contentes, à margem dos problemas que afligem e corroem a sociedade portuguesa.
Estes resultados quase unânimes eram frequentes nos países totalitários e foram muitas vezes denunciados pelas “democratas” … e bem! Infelizmente, o “vício” pegou-se aos Partidos, onde quem não fizer vénias ao chefe está condenado ao ostracismo, para todo o sempre. Os militantes são uma espécie de “casta monolítica” que aparentemente até “incitam” ao aparecimento de ideias diferentes, mas apenas para agirem como Maquiavel (salvaguardada a barbárie do seu tempo, claro).
Pedro Passos Coelho foi reeleito presidente do PSD com 95,5% dos votos dos militantes sociais-democratas. José Sócrates na sua última candidatura foi eleito com números semelhantes (mesmo quando todos sabiam que ia perder as eleições) …
Será que está tudo tolo?
Os “militantes” confundem franqueza e honestidade para com o líder com vassalagem e hipocrisia, e, quem, como eu, defende que os Partidos são um garante da Democracia, não fica surpreendido que ela esteja tão fraquinha e continue a definhar.
Não sei quantos militantes de cada Partido existem, mas cada vez mais estou convencido de que estas “chapeladas” pouco significam e se destinam a fingir coesão interna, que não existe. É mais uma falácia para tentar enganar o Zé Povinho.
No interior dos Partidos, ninguém ousa discordar do líder quando ele é o chefe do Governo, Foi assim com Sócrates e é assim com Passos Coelho, dois paradigmáticos exemplos de imbecilidade e incompetência, do pior que Deus ao mundo deitou.
Até quando?

Post scriptum
Com o servilismo de Gaspar
E a incompetência do Primeiro
Vamos todos acabar
A trabalhar no estrangeiro

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