Nada disso…! Não se trata do número de mentiras proferidas pelos líderes partidários em entrevistas aos canais de televisão, nem do número dos seus futuros assessores no próximo governo, nem do número de vezes que já vi Mr Catroga a dizer pentelho! Também não é o número do quarto onde Dominique violentou a empregada do hotel. Este quarenta e três é o número de vítimas mortais de violência doméstica em Portugal em 2010.
Em termos estatísticos que é como os nossos políticos gostam de abordar as questões , é apenas mais um número de causas de morte e se o compararmos com o de outras causas, até podemos considerá-lo pouco relevante. Só assim se compreende a inoperância das diversas entidades encarregadas de prever, intervir e solucionar este problema grave e vergonhoso.
É arrepiante pensar que por detrás deste número se escondem milhares e milhares de casos com desfechos menos graves, mas igualmente repugnantes e criminosos e verificar como as autoridades e o ministério público e os tribunais se posicionam perante os crimes de violência doméstica.
O retrato social de Portugal, tirado desta perspectiva compromete seriamente todos nós, porque a violência doméstica há muito que deixou de ser “casos pontuais e isolados” para se converter num quotidiano que afecta a sociedade em geral. Comparo a violência doméstica com os incêndios florestais… mobilizam-se meios sofisticados e muito caros e vai-se deixando arder, sem actuar com processos simples de prevenção, geradores de emprego e de dinheiro!
A violência doméstica senhores Sócrates, Passos, Portas, Jerónimo e Louçã é uma chaga social, transversal a todas as classes sociais, que nos deve envergonhar a todos, mas particularmente a vocês, a quem confiamos o nosso voto para que façais boas leis, cuideis da sua aplicação, num combate sistemático a todas as formas de violência, onde se inclui a doméstica.
Admito que a violência doméstica tenha algo a ver com a situação económica das famílias, embora quanto a mim ela se deva principalmente à crise de valores, à vulgarização da mentira e à falta de perspectivas de um futuro melhor, que nunca acontece cada vez para um maior número de pessoas. É claro que a falta de esperança provocada pela actuação dos nossos responsáveis políticos avoluma a pólvora que enche o barril da nossa existência, que um dia poderá vir para a rua e explodir…
A violência doméstica não pode ser entendida como mera estatística; é algo mais profundo que corrói a sociedade e que pode fazer explodir o “barril”, tomando formas que podem mesmo comprometer a paz, pois quando alguém mata alguém que amou ou ama, adivinha-se o que pode fazer…
Temos que encarar esta chaga com coragem e frontalidade, actuando preventivamente, responsabilizando as autoridades e entidades diversas, (poluídas de boys and girls, fazedores de relatórios, sem quaisquer efeitos práticos positivos).
Os “funcionários especialistas” têm que deixar o quentinho dos gabinetes, porque a violência acontece nas casas e na rua…
Não matarás, diz o Mandamento, mas até Deus parece arredado deste problema tão grave… Os seus representantes na terra continuam a “abençoar” uma união a qualquer preço e a excomungar os que não respeitam a promessa de viver juntos para sempre na felicidade e na desgraça, que alimentava o sonho no dia do casamento…
Em termos estatísticos que é como os nossos políticos gostam de abordar as questões , é apenas mais um número de causas de morte e se o compararmos com o de outras causas, até podemos considerá-lo pouco relevante. Só assim se compreende a inoperância das diversas entidades encarregadas de prever, intervir e solucionar este problema grave e vergonhoso.
É arrepiante pensar que por detrás deste número se escondem milhares e milhares de casos com desfechos menos graves, mas igualmente repugnantes e criminosos e verificar como as autoridades e o ministério público e os tribunais se posicionam perante os crimes de violência doméstica.
O retrato social de Portugal, tirado desta perspectiva compromete seriamente todos nós, porque a violência doméstica há muito que deixou de ser “casos pontuais e isolados” para se converter num quotidiano que afecta a sociedade em geral. Comparo a violência doméstica com os incêndios florestais… mobilizam-se meios sofisticados e muito caros e vai-se deixando arder, sem actuar com processos simples de prevenção, geradores de emprego e de dinheiro!
A violência doméstica senhores Sócrates, Passos, Portas, Jerónimo e Louçã é uma chaga social, transversal a todas as classes sociais, que nos deve envergonhar a todos, mas particularmente a vocês, a quem confiamos o nosso voto para que façais boas leis, cuideis da sua aplicação, num combate sistemático a todas as formas de violência, onde se inclui a doméstica.
Admito que a violência doméstica tenha algo a ver com a situação económica das famílias, embora quanto a mim ela se deva principalmente à crise de valores, à vulgarização da mentira e à falta de perspectivas de um futuro melhor, que nunca acontece cada vez para um maior número de pessoas. É claro que a falta de esperança provocada pela actuação dos nossos responsáveis políticos avoluma a pólvora que enche o barril da nossa existência, que um dia poderá vir para a rua e explodir…
A violência doméstica não pode ser entendida como mera estatística; é algo mais profundo que corrói a sociedade e que pode fazer explodir o “barril”, tomando formas que podem mesmo comprometer a paz, pois quando alguém mata alguém que amou ou ama, adivinha-se o que pode fazer…
Temos que encarar esta chaga com coragem e frontalidade, actuando preventivamente, responsabilizando as autoridades e entidades diversas, (poluídas de boys and girls, fazedores de relatórios, sem quaisquer efeitos práticos positivos).
Os “funcionários especialistas” têm que deixar o quentinho dos gabinetes, porque a violência acontece nas casas e na rua…
Não matarás, diz o Mandamento, mas até Deus parece arredado deste problema tão grave… Os seus representantes na terra continuam a “abençoar” uma união a qualquer preço e a excomungar os que não respeitam a promessa de viver juntos para sempre na felicidade e na desgraça, que alimentava o sonho no dia do casamento…
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