terça-feira, 29 de maio de 2018

A COMUNHÃO DA MINHA NETA


A COMUNHÃO DA MINHA NETA
Por Celso Neto

Como manda o rito cristão
A minha neta, feliz e cheia de emoção
Participou na festa da 1ª comunhão…
(Ainda me lembro desses tempos de criança
E de quem me “ensinou” a ter esperança!)
Não bebeu o sangue, mas comeu o corpo
De Cristo há mais de dois milénios morto
Não por vampiros, que se saiba
Mas por ditadores cheios de ódio e raiva
(Corpo e sangue de Cristo… comei e bebei
Não me soa bem! Porquê? - Não sei!)

Cantou Aleluia sozinha…
Manteve-se bastante afinadinha!
Foi uma prova de coragem e determinação
Que me encheu a alma e o coração…
Confessou-me que lhe tremeram as perninhas
Mas… o mesmo aconteceu com as pernas minhas…
Gosto que ela seja uma lutadora
Pela sua vontade de ser artista e cantora
Ou como também diz, professora

A minha neta é doce como o mel
E ás vezes parece que tem pilhas duracel
É sensível, meiga, teimosa e irrequieta
Vibrante, como alguém que corta em primeiro a meta!
Canta, dança, toca e é karateca
É levada da breca!
Na Escola tem-se saído bem
É a alegria do pai e da mãe
E do avô também!

Durante o tempo que durou o almoço
A tua alegria contagiante manteve a família em alvoroço…
Obrigado Ana Leonor por seres assim
És um grande orgulho para mim!
Espero que os bisnetos prometidos
Não caiam no rol dos esquecidos…
Que Deus (se existe) te proteja Ana Leonor
Tu és um lindo Amor
Espero que os netos não fiquem por aqui
Mas até haver mais… amor de avô é para ti…

Onde quer que estejas Anabela
Fazes parte do mundo dela…
Soube muito pequena que a avó Anabela morreu
E, para ela, tu estás no Céu!

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