NA PERIFERIA DO VÍDEO ÁRBITRO
Por Celso Neto
Fui, sou e, até prova em contrário, continuarei a ser
contra essa figura macabra do vídeo árbitro. O pouco tempo da sua existência
entre nós já foi suficientemente elucidativo para os benefícios desportivos que
dele advém, a não ser para a “legião” daqueles para quem nada está bem e para
quem o futebol é a coisa mais importante do mundo e das suas vidas.
(Admira-me que, com esta sede de verdade e justiça no
futebol, ainda ninguém tenha proposto que as bolas que batam na trave ou nos
postes valham meio golo!)
Todos sabemos que o futebol nunca se jogou nem jogará
apenas dentro das quatro linhas! Será sempre reflexo da sociedade em que
existe! Se o “contexto” não é importante, porque é que todos querem
influenciá-lo?
Pretender que o futebol seja limpo, justo e sério, uma
espécie de ghetto numa sociedade onde nada disso se passa, é pura demagogia que
acontece, porque é mais fácil falar de futebol do que dos “grandes assuntos”
que deviam preocupar o Homem, como sejam a violência, a guerra, a fome, a
miséria, o ambiente… entre muitos outros.
A “casta” que vive à custa daqueles 22 jogadores que atuam
dentro do campo (alguns deles “sacrilegicamente” compensados, outros nem tanto,
mas todos bem de vida, felizmente) é para mim a “fina flor do entulho”, a causa
de quase todos os seus males maiores.
Alguém acredita que os comentadores desportivos
“profissionais” que aparecem no nosso ecrã trabalhem “desarticulados” do resto
da estrutura dos clubes?
Alguém acredita na “inocência” dos analistas e
comentadores desportivos? Aquele ar “angelical” que alguns “vestem” e aquela
competência que parece transbordar deles é real ou é simplesmente bem ensaiada?
Os jornais, as rádios e as televisões são exemplo de
“perfeição” e isenção para alguém?
Os presidentes da esmagadora maioria dos clubes são
gestores ou agitadores?
Alguém alguma vez acreditou que a função do vídeo árbitro
era tornar o futebol mais transparente, tornando os resultados mais justos e libertando-o
de algumas polémicas?
A intenção da criação do vídeo árbitro não terá sido
aumentar as polémicas doentias e intencionais que gravitam à volta do futebol,
de forma a garantir que o ninho de víboras parasitas que vivem à sua sombra seja
cada vez maior e os “répteis” aufiram cada vez mais benefícios?
Quantos “críticos” encartados e analfabetos conhecem o
Regulamento por que se rege o vídeo-arbitro?
O vídeo árbitro é um auxiliar para os árbitros ou para os
críticos de algibeira?
É fácil verter veneno sobre os árbitros. Difícil é ser
árbitro!
Ainda bem que que (por enquanto) não há vídeo árbitro
para a opinião livre, embora já haja quem diariamente nos queira moldá-la,
tentando fazer-nos crer que o Homem não é a medida de todas as coisas e que a tecnologia
(criada pelo Homem) está acima (porque não erra) do seu Criador, mas enquanto
houver “on” e “off”´…
PS - É a fartar vilanagem! Enquanto “dorme” o Zé (já com
muitos licenciados) consome tudo o que mostra a caixa mágica!
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