terça-feira, 25 de abril de 2017

OBRIGADO MFA

OBRIGADO MFA
Por Celso Neto

Naquele rosto tisnado havia um sonho genuíno
De Paz, Fraternidade, Justiça e Liberdade
Havia também o medo do castigo divino
Desde os tempos em que lhe ensinaram o catecismo
Quando era ainda de tenra idade…

Ensinaram-lhe que devia obedecer cegamente
A quem tinha o “dever” de lhe moldar a mente
Para ser uma pessoa de bem
Como o pai e a mãe…
Queria pensar, mas não conseguia
Havia algo que não permitia
O “Deus, Pátria e Família” em que foi criado
Tolheram-lhe o passo, ditaram-lhe o Fado
Quando um desejo em si brotava
Logo havia uma força que o abafava!

Quando as lágrimas lhe corriam pela face
Perguntava a si próprio: - É para isto que um homem nasce?

Um dia ao acordar de um sonho tantas vezes sonhado
Alguém lhe tinha posto nas mãos um cravo…
Vermelho como o sangue das veias
Mesmo daqueles que professam condenáveis ideias!
Que temos que respeitar sem ódio e sem “dolo”
Mas com a firmeza de quem não é tolo

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