Lamentavelmente a vida de três jovens universitários, em
Braga, foi precocemente interrompida por praxes estúpidas, lamentáveis e
completamente ao arrepio daquilo que deviam ser as praxes académicas. Desta vez
tratava-se de uma “guerra entre cursos”, como se isso seja algo que contribua
para a integração e bem-estar dos caloiros...
A sociedade não pode admitir que meia dúzia de
“marginais” despejem as suas loucuras e complexos sobre os colegas que estão a
chegar à universidade.
Existe uma infinidade de atividades sensatas, “bonitas” e
formativas que podem ser feitas, que não violam a integridade física ou mental
dos estudantes, mas pelos vistos essas não estão ao alcance intelectual dos organizadores,
muitos dos quais consideram a Universidade uma casa de “repouso”, interrompido
pelo lazer da boémia...
A vida é um bem demasiado precioso para ser colocada em
risco desnecessário, mas a teimosia da parvoíce e da violência sobrepõe-se ao
bom senso! O lobby já se prepara para atribuir as culpas ao muro e ao seu
proprietário... (fala-se já em queixas dos moradores e comerciantes contra a sua
degradação!)
Melhor seria que se averiguasse o quê e quem provocou a
degradação do muro e se punissem os autores, se os houver, porque um muro não
se auto destrói facilmente.
Aquele muro, suponho eu, não foi feito para dar apoio às praxes
académicas, não estando, portanto preparado para suportar grandes agressões ou
vandalismos).
Já nada restitui a vida aos três jovens que morreram, mas
nunca é tarde para apostar na prevenção deste tipo de acidentes...
A responsabilização dos organizadores das praxes é apenas
uma medida, mas pode fazer toda a diferença... Voluntária ou involuntariamente,
quando são ultrapassados os limites da segurança ou do bom senso e as coisas
correm mal, são eles os primeiros a ter que responder por isso.
Preparar uma praxe não é tarefa para ser feita em cima do
joelho ou ao sabor do improviso! Muito menos por quem se desabituou de pensar e
estudar, como é o caso dos veteranos que somam sucessivas matrículas e nada
estudam, contribuindo apenas para a degradação da sociedade! Esses parasitas
devem ser condenados, mas em vez disso são idolatrados!
Post scriptum
Num gesto de total irresponsabilidade a Universidade do
Minho proibiu a realização de praxes no interior da Faculdade, em vez de exigir
aos alunos que elas decorressem no seu interior, sob o seu rigoroso controlo,
não permitindo abusos. Claro que “lavou” as mãos, mas está com o resto do corpo
todo sujo, nesta tragédia.
Sentidas condolências para os familiares das vítimas.
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