Quando ontem de manhã passei em frente ao Regimento de
Infantaria 14 em Viseu vi estacionadas à porta várias camionetas cheias de
crianças de tenra idade, enquanto outras já se perfilavam à porta à espera de
entrar. (assim a modos que à maneira militar!)
Para não colocar em perigo a segurança rodoviária, não
parei o automóvel e como tal a minha observação foi pouco pormenorizada. Não
fiquei com uma imagem fiável do que ali se estava a passar, mas isso não
impediu que mentalmente questionasse os “contornos “ de um tal ato, que
confesso me pareceu algo caricato. (Paradas militares, armas e gente sem fazer
nada não me parecem bons exemplos para crianças)
Não resisti a perguntar a mim próprio o que é que pode
levar professores, pessoas supostamente
cultas e pedagogicamente “apetrechadas”, a levar criancinhas para dentro
de um quartel.
Várias hipóteses fervilharam na minha mente:
Seria para assistirem a algum espetáculo adequado à sua
idade organizado pela instituição, numa tentativa de evitar que se pense que
aquele espaço nobre da cidade não serve para nada ou que tantos galões e
divisas não passam de um “sugadoiro”? (Sinceramente, não me parece que a
vocação dos homens de armas seja organizar eventos para crianças)
Seria para familiarizar as crianças com as armas, numa
tentativa de aproximação aos EUA, país tanto do agrado de tantos, onde as armas
se vendem em “supermercados”? (Parece-me desadequado, dispensável e direi
mesmo, criminoso.)
Seria para gaudio dos organizadores da visita que ao apostaram
em algo criativo, fora do comum, pretendem merecer a admiração dos seus pares? (Como
se pode constatar com a “adoção gay” nem tudo o que é criativo serve a
Humanidade)
Fui excluindo hipóteses, até que se me deparou uma que me
pareceu ter alguma lógica:
- Aquelas criancinhas estavam ali pela mão sábia dos seus
educadores, para assistirem a uma exposição de generais!
Alguns quilómetros à frente dei comigo a perguntar-me,
numa nova inquietude: - Como é possível?
Post scriptum
Já foi hoje que admiti a possibilidade de aquelas
criancinhas terem ido ali em oração para que a inspiração de Fátima não
abandone o Chefe Supremo das Forças Armadas. Terá sido uma iniciativa do novo
responsável da Congregação de Iniciação à Oração, na opinião da minha maldizente
vizinha, com quem falei deste assunto.
Continuo a inclinar-me para a “exposição de generais”,
quiçá montados em soberbas bestas de forma a melhor exibirem toda o seu garbo e
valentia.
Caro Celso, talvez esta noticia do Viseu Mais o esclareça melhor http://viseumais.com/viseu/?p=26857
ResponderEliminarAbraço
Tem este comentário por finalidade convidar todos os bloguistas de Viseu e não só, a comparecerem no sábado pelas 15 horas na Ribeira com a finalidade de retirar a pernada que há meses está caída dentro do Pavia!
ResponderEliminarCaro Celso, venho comentar esta sua publicação, para lhe dizer o seguinte. O Sr. não tem a mínima noção daquilo a que se refere. Quanto ao facto de referir de algum modo que o espaço nobre da cidade para nada serve, fique sabendo que é provavelmente um dos locais desta cidade onde as pessoas mais trabalham e justificam o seu ordenado, ao contrário de quem pelos vistos tem demasiado tempo disponível, aplicando-o assim na publicação de comentários difamadores, e o que é mais triste ainda, carregados de imensa ignorância. Assim, e para iluminar a sua ignorância, fique sabendo que a presença de um General num local destes significa "importantes razões de trabalho" (que embora muito gostaria de lhe revelar, não lhe dizem respeito), e não nenhuma exposição para criancinhas... O Sr. poderia ter reparado que visto que se aproximava o dia mundial da criança, seria normal para as mais diversas instituições a promoção de exposições acerca das mesmas, da sua história, do seu papel para o País, etc..
ResponderEliminarTambém não existe nenhuma intenção de familiarizar criancinhas com armas. E porque raio é que as deveriam tentar aproximar aos EUA?? Não poderia ser à Espanha? Ou ao Uzbequistão talvez? Resumindo e concluindo, o Sr. simplesmente não aprecia militares porque provevelmente nunca o foi, ou porque se o foi deve ter sido um dos pouco competentes que muitas vezes foi por isso chamado à atenção e daí ter ficado ressabiado.
Numa nota final, gostaria de dizer que o Sr., basicamente, é um Burro...
Fico-lhe muito grato pelo seu isento e educado comentário.
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