A atitude dos sucessivos governos, relativamente aos
incêndios florestais deixa transparecer que a esse nível ninguém está muito
interessado em acabar com eles, ou reduzi-los a uma dimensão mínima.
Os interesses instalados são de ordem tal que já
conseguiram convencer a populaça que os incêndios florestais de grande dimensão
são uma fatalidade, algo inevitável a que temos que resignar-nos. A troco não
sei de quê os sucessivos governos apostam apenas nos grandes meios de combate,
“esquecendo” tudo o resto, num criminoso abandono da floresta, uma das poucas
riquezas que possuímos…
Se de cada vez que ocorrem incêndios, de gigantescas
proporções, os governantes tivessem que lá ir chamuscar os fedorentos rabinhos
(a avaliar pelo mau cheira das suas políticas), talvez encontrassem tempo para
solucionar o problema dos incêndios.
Num país com a nossa dimensão é um crime o que se passa
todos os verões.
Nada é feito ao nível preventivo, para que grande parte
dos fogos sejam “apagados” durante o Inverno. Criminosamente o Estado abandona
completamente as matas públicas e os baldios.
Compramos quase toda a nossa energia e deixamos arder no
verão o alimento de centrais de biomassa, que deviam ser uma aposta séria, por
serem rentáveis e permitirem a conservação das nossas florestas.
Ninguém limpa a floresta e o Estado dá o exemplo!
Gastam-se fortunas! A descoordenação é total! Eficácia zero!
A incompetência é gritante! O inútil Ministério da
Agricultura foi para banhos, num mar que também não cuida!
Post Scriptum
Ai Portugal, Portugal!
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