domingo, 19 de fevereiro de 2012

E quando não houver nada para vender?

O acerto das nossas contas, desde há muito, é encapotado com transferências de fundos e venda de empresas do nosso tecido produtivo. Quando há desvios ou outro tipo de incumprimentos tem-se recorrido a esta falácia para “salvar” a face dos nossos governantes incompetentes, sempre incapazes de articular austeridade e desenvolvimento económico, de forma a garantir condições de vida digna à generalidade dos portugueses.
Através de todo o tipo de aldrabices os nossos políticos, acantonados no paraíso dourado do centro esquerda e centro direita, continuam a prometer-nos futuro risonho, a descomprometer-se do passado e a ignorar a necessidade de haver presente nas nossas vidas. De papinho cheio, impõem-nos todo o tipo de sacrifícios, obrigando muitos a viver abaixo ou no limiar da pobreza. È vergonhoso o que se está a passar em Portugal e noutros países da Europa (com destaque para a Grécia) graças à acção dos “paus mandados” de Merkel e Sarcozy, que sob a bênção da troika, obrigam muitos honrados cidadãos a situações terríveis de desespero e miséria.
Tudo o que sejam meios de produção de riqueza são “pilhados” (a bom preço, se preciso for) no intuito de enfraquecer a produção e a comercialização de bens, que posteriormente os países mais fracos terão que adquirir aos países “ricos e desenvolvidos” para que eles possam continuar a crescer e a ter mão de obra barata sempre disponível…
No que nos diz directamente respeito, 35% da nossa “massa cinzenta jovem”, altamente qualificada, está no desemprego, tendo que sujeitar-se a emigrar, com muitos fdp a defender esta “saída para a crise”!
Quando o Estado já não tiver nada para vender e a engenharia financeira deixar de ser possível é que vamos ver o buraco em que estes charlatães engravatados nos estão a meter… Até lá, o regabofe vai continuar, com o Estado a gastar à tripa forra, para manter as benesses de uns quantos “eleitos e escolhidos”.
Enquanto é tempo proponho que o governo crie mais uma comissão de análise para tratar do problema da internacionalização das prostitutas, que estão a invadir tudo o que é “mata” à beira da estrada. Espalhadas por todo o mundo, as prostitutas de Portugal ajudarão a comer os pastéis de Belém, que são o “orgulho nacional” em termos de internacionalização da nossa economia!
Temos que ser criativos antes de sermos obrigados a vender as nossas reservas de ouro, para os países poderosos as fundirem e disfarçarem o “latão” das suas “reservas”!

Post scriptum
Se a Alemanha alguma vez pagar
Pelos crimes que cometeu
Cada alemão só vai ficar
Com a camisa que Deus lhe deu.

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