COISAS SIMPLES, COMO EU GOSTO!
Por Celso Neto
Quando me ponho a pensar
E não sei por onde hei de ir
Peço à razão do meu amar
Que me ajude a sentir!
No regresso da viagem
Procuro ganhar coragem
E se não sei para onde hei de ir
Vou para onde possa vir!
Vivi muitas aventuras
E algumas situações duras
Com amigos e camaradas
Em “comícios”, “bebícios” e “guitarradas”!
Passei noites bem passadas
E dias…assim, assim!
Mas…sempre com frenesim!
Abracei a Liberdade
Sonhei e senti saudade…
Só me aconteceu um mal
Foi a doença fatal
Que vitimou a Anabela
Tenho muita pena e saudades dela!
Merecia bem melhor sorte
Foi muito temporã a sua morte!
Sinto alegria de viver
Por ver os netos crescer
E os filhos bem-sucedidos
A trabalhar… e unidos!
Nem tudo foi sempre bem
Mas, como dizia a minha mãe:
- A vida é complicada
e a sorte não nos é dada!
O meu pai no seu querer
Olhava para mim com prazer…
Dizia-me para ter juízo
E dava-me o que era preciso
A minha tia Belmira
Que por dentro era muito gira
Deu-me mimo e carinho
Eu era filho e sobrinho!
Sou feliz… quero viver!
Mas, se “por acaso” morrer
Antes do ano que escolhi (2054)
Não digam que eu menti!
(Por norma, eu não minto
E digo aquilo que sinto)
É contra a minha vontade
Partir antes dessa idade!
Que o GADU me desculpe a ousadia
Mas é mesmo isso … que eu queria!
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