NO PAÍS DAS RASPADINHAS
Por Celso Neto
Segundo um estudo que foi divulgado, Portugal é o país da
Europa onde se gasta mais dinheiro em raspadinhas. São milhões a perder de
vista a entrar diariamente nos cofres da “Santa Casa da Misericórdia de
Lisboa”. À boca pequenina vai-se ouvindo dizer que este jogo já arruinou muitas
famílias, mas ninguém parece muito preocupado com isso. A prioridades continuam
a ser agendadas pelos “pós-modernos” do BE, PAN, Chega, Livre, CDS e outros que
tais.
O PS anda a ver a banda passar, em zigzag entre os pingos
da chuva e o PSD, numa luta interna constante, não encontra maneira de meter na
ordem os príncipes que, na linha do que fizeram Cavaco Silva e Passos Coelho,
pretendem a completa desvalorização do trabalho e vender o País ao desbarato,
tornando-o um bom investimento para os grandes grupos económicos de quem são
marionetas, bem pagas!
Estamos entregues aos bichos!
Diz a “Santa Casa” que o dinheiro do jogo reverte para
obras sociais…O problema é que Lisboa não é o País (que eu saiba!) e para as
bandas onde eu moro, onde existem muitas famílias carenciadas, à vista
desarmada não consigo descortinar nenhum tipo de apoio dado pela “Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa”, onde se acoita gentinha que recebe chorudos ordenados
para gerir a fortuna resultante do jogo. (aqui, sim! Deve haver cobertura
nacional)
Não sei como bem como é isso das leis do jogo da “Santa
Casa de Misericórdia” (alguém sabe?), mas há de haver uma maneira, em
Democracia, de distribuir pelo país inteiro o “fruto do ventre” dessa atividade
tão abraçada nos dias de hoje, pelos portugueses.
Se os lucros resultam do “investimento” de pessoas de
norte a sul e Ilhas, por que hão de ficar-se os benefícios por Lisboa? Não
seria mais justo ser o País inteiro a beneficiar deles?
A que se deverá o silêncio cúmplice das outras
misericórdias espalhadas pelo País?
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