EM DIA DE ENTRUDO
Por Celso Neto
No local mais ameno da quinta onde nasci
E uma década vivi…
Sentado no meu “sítio”, como em miúdo
Em terça feira de Entrudo
Vêm-me à mente mil recordações
E outras tantas inquietações…
Retiro ideias da “garagem”
E faço-me à viagem…
Pensamento vagabundo
Leva-me ao fim do mundo
Ao sítio mais profundo!
Leva-me ao céu e para além…
Onde não foi mais ninguém!
Leva-me para lá do Universo
Quero ver o seu reverso
E escrever sobre ele em verso…
Dá-me acesso ao infinito
E ao que nunca foi dito
E que não ficou escrito
Faz-me um desenho em três D
Diz-me o como, o quando e o por quê…
Deixa-me chegar até aos milhões de anos luz “disto”
Para ver se lá encontro Jesus Cristo!
Leva-me a mundos medonhos
Como eu nunca vi em sonhos
Leva-me ao sítio do Belo
O complexo e o singelo…
Mostra-me o reino da esperança
E o que a vista não alcança…
Leva-me ao Reino dos insetos e das flores
E ao Paraíso dos amores…
Leva-me a ver coisas que nunca vi
A sentir o que nunca senti
Sem sair daqui…
Desta pequena quinta aonde nasci!
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