A DIREITA PORTUGUESA
Por Celso Neto
A Direita portuguesa é de muito fraca qualidade e isso pode ser comprovado pela perda de peso político que tem vindo a sofrer nos últimos tempos. Temos aqui que descontar algum mérito da Esquerda que ousou dar os primeiros passos de uma sã cooperação, sem subjugação e com estratégia.
Depois de ter perdido de forma um pouco enviesada o poder para António Costa (que aproveitou muito bem a chantagem de Cavaco, a ameaçar que só viabilizaria um governo maioritário quando sentiu que o PSD estava a crescer) nunca mais o PSD se encontrou e de desnorte em desnorte chegou à situação atual, desfeito em estilhaços, com Assunção Cristas a tentar desesperadamente conquistar os “pontos” que lança pela janela do seu “edifício” em ruínas… (Mesmo assim, o CDS-PP participará no suicídio da direita, porque a credibilidade de Cristas vai decrescendo com as suas palhaçadas e mentiras, que já poucos enganam)
Santana é o que já se sabia! A sua Aliança nada traz de novo não sendo a confirmação da sua doença de protagonismo, depois de uns anos a tentar apagar a sua imagem de “enfant terrible”, de quem, que me lembre, nunca resultou nada de bom para o País.
Rio é o que se vê! Incapaz de meter na ordem os barões e baronesas do partido, desgasta-se em iniciativas que passam ao lado da política para mergulhar lodaçal. O PSD é um partido sem rumo!
Costa esfrega a barriga de contente e sem grande esforço vai levando a água ao seu moinho, com o Bloco e o PC amarrados ao mal menor de fazerem o que o PS impõe.
Na minha opinião, se nada de significativo se alterar à direita, o PS conseguirá obter maioria absoluta, o que, sinceramente não me agrada muito! Se tal acontecer, espero que não faça ouvidos moucos aos atuais parceiros e também da Direita, que há de saber encontrar um caminho diferente do dos últimos anos. Assim o espero, a bem da Democracia, porque a razão nunca está só de um dos lados.