terça-feira, 22 de setembro de 2015

EM TEMPO DE ELEIÇÕES

EM TEMPO DE ELEIÇÕES
Por Celso Neto


Se a direita voltar a ganhar as eleições
Não gostaria de ouvir lamentações
Dos que não vivem bem, que são a maioria!
...nunca mais esquecerei esse dia!

Ficarei triste, muito triste
Por saber que o Povo não resiste
À tentação de querer ser rico
E continuar macambúzio, a mijar no penico!
Saúde, Educação, Cultura e Bem-Estar
Isso são coisas que podem esperar...

O ser humano foi criado para sofrer
...e ficou pecador logo ao nascer!
Temos que continuar com os sacrifícios...
Dizem Portas e Passos nos comícios!
A palavra de ordem é austeridade
Para os “papões” viverem à vontade!
As mordomias são para continuar
A máquina de fazer pobres não pode parar!

A corja de larápios e farsantes
Quer o povinho como era dantes...
Humilde, silencioso e trabalhador
Submisso e vergado e a dizer “sim senhor”
Longe da Universidade e a trabalhar temporão
Porque a isso obriga o bem da Nação!
Há sempre um abrigo nas ruas da cidade
Para os velhos os de tenra idade...
Não pensam nem sonham, mas são trados com cuidado
Por (algum) bem “abrigado” voluntariado!

Regressando à temática eleitoral
Respeito a liberdade individual
Mas confesso que me sinto mal...
Não pensava que fosse possível
Tolerar esta falta de nível
Em que se reduz tudo a dinheiro
E as pessoas não estão primeiro
O mundo complexo dos mercados
Penso que tem os dias contados...
O trabalho há de voltar a ter valor
E deixar de estar sujeito a alterações humor...

- A vida assim é um horror!

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