Onde foste 25 de Abril?
Onde podemos ir à tua procura?
Onde param as Esperanças mil?
Do dia em que caiu a ditadura?
Conquistámos a Liberdade
Mas à medida
Que a Democracia
Amadurecia...
A Vida
Adormecia...
O Povo voltou a mergulhar na pobreza
A alegria virou tristeza
Com incompetentes a governar
Hoje não sabemos onde vamos parar...
Há quem diga que somos europeus
Mas se a UE é isto...valha-nos Deus!
Alguns políticos trocaram a ética e o civismo
Por mordomias próprias e cinismo
Governam-se e atiraram Portugal para o abismo!
Foi linda a Revolução
Que nos trouxe o sonho
Do Pão, Saúde e Educação
E de um futuro risonho...
Mas com as asneiras de todos os quadrantes
Se não acordarmos...ficamos como dantes!
Lançaram-nos na vida moderna
Com dívida eterna
Que faz de nós escravos
Porque os milhões têm que ser pagos
As pessoas passaram a ser meros números
Para as estatísticas dos energúmenos
Peço ao Criador
Que aos especuladores
A quem muitos devem favores
Antecipe a Última Ceia
E que nela apanhem uma diarreia
Que os conduza ao sofrimento eterno
Nas profundezas do inferno!
É preciso regar os cravos
Combater os nababos
E os intrujões
Que vendem Portugal em leilões...
Ao desbarato
Num jogo do gato e do rato
Em que o pitéu vai para o seu prato!
Não podemos virar a cara `luta
Temos que encostar às cordas os filhos da puta
Que disfarçados de cordeiros mansos
Estão no “guinness” dos pilhanços!
Vamos para a rua...mais e mais
Rejeitar todos os horrores...
Porque na guerra
dos senhores
Morrem os pobres e pouco mais!
Em Paz com as armas da Razão
Vamos dar Alma ao nosso “Não”!
Aos que não querem assumir o seu lugar
E nas cerimónias oficiais participar
Digo apenas: Vão bugiar!