O CULPADO FOI DEUS…
Por Celso Neto
Depois de absolvidos
Todos os arguidos
Dos incêndios que mataram sessenta e quatro
Apresentaram-se, os inocentes, com grande gabarito e
aparato
E acusaram a Proteção Civil
De um comportamento indigno e vil!
Verdade ou não
As vítimas mereciam mais respeito e consideração
Porque há muitos com culpas no cartório
Como se ouve no imenso falatório
Que a sentença provocou
Depois de se saber muito do que se passou!
A Justiça está de luto
Mas… o Povo não liga puto…
Ouvi que nenhum culpado foi constituído arguido
Vamos ver se o vão ser agora, ou se fica tudo esquecido!
Quando há dinheiro a rodos…
Cães e lobos comem todos!
Aquela cena, muito triste, à beira do tribunal
Fez-me lembrar dos ciganos, quando um vai para o
Hospital!
Terá sido culpa de Deus
Que vive no Reino dos Céus?
Não me digam que não há desleixo…
Que a raiva faz-me tremer o queixo!
Aceito que haja outros culpados
Que nem sequer foram julgados
Mas a culpa morrer solteira
Parece-me uma tremenda asneira!
Por aquela tragédia imensa
Nem um minuto de “pena suspensa”?
Podem, se quiserem, chamar-me burro
Mas tudo isto me cheira a esturro!
Talvez das vítimas carbonizadas…
Cujas vidas foram mal acauteladas
Não sei por quê nem por quem…
Mas, isto dos fogos florestais… não anda bem!
O lobby enferrujado é muito grande
Mas tem que haver chave que o desande!
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