DONOS DE TUDO
Por Celso Neto
Os donos da Economia e da guerra
Não permitem que haja Paz na terra…
A destruição vive de mão dada com a modernidade
Usar e deitar fora tornou-se um hábito da Sociedade!
O que se fazia a um par de botas em fim de idade
Faz-se hoje a um País ou a uma cidade…
Não fica pedra sobre pedra quando o objetivo é destruir
Transforma-se em lixo o que não se consegue consumir…
O dinheiro vai sempre parar aos donos da Economia
Que são também donos do nosso dia a dia…
O “vil metal” esteja onde estiver, ande por onde andar
É sempre ao “bolso” deles que vai parar!
Num culto obsceno
Converteu-se o dinheiro em Deus terreno!
Com a santa bênção da Opus Dei
O dinheiro vive à margem da lei!
Contra os donos do mundo
Gosto de “prego a fundo”!
Às vezes, não sei porquê
Imagino-me dono de um restaurante gourmet
E ponho-me a imaginar mil iguarias
Para servir a esses “Golias”…
Pequenos almoços de cheques sem provisão
Com piri piri e açafrão
Almoços de pepitas de ouro e diamantes
Regados com mijo virgem de elefantes!
Jantar de tesouros raros
Mas só dos mais caros!
À ceia, sumo de paraísos fiscais
Com aromas fecais!
“Entradinhas” de maletas cheias de notas de quinhentos
Com pedras preciosas e pimentos
Moedas de ouro, prata e outros metais
Com caviar e champagne virtuais!
Como sobremesas, paletes de dinheiro
Com odores de cu “peideiro”!
Pela madrugada, meias doses de urânio e plutónio enriquecidos
No piso 100 de um hotel Russo, dos Estados Unidos
Onde houvesse uma tal corrente de ar
Que abrisse as janelas e os ensinasse a voar!