quinta-feira, 23 de julho de 2020

SABOR A SAL


SABOR A SAL
Por Celso Neto

Gosto de sal
Não de Salgado
Quem, por querer, fez tanto mal
Devia ser exemplarmente condenado.

Ricardo era o chefe, o mandante
De um grupo coeso e bem-falante
Que convencia os que trabalhavam consigo
Que o chefe é que sabia e não havia perigo!

E os políticos que comeram da gamela
Que fizeram tantos cair na esparrela
De confiar as suas poupanças
Nas mãos do "mega expert" de finanças?
O que é feito dos que se deliciavam no seu império?
Alguém sabe dizer-me ou é mistério?
Esta fraude põe a nu o pior deste “cantinho”
E claro que o Ricardo não agia sozinho…
Por maior que fosse a sua competência e esperteza
Uma burla daquelas… metia mais gente, de certeza!
E o Poder
Estava fartinho de saber?

A alguém que não nomeio, mas que detesto
Tiro o chapéu por não ter deixado fazer “o resto”.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

ENQUANTO A VIDA DURA


ENQUANTO A VIDA DURA
Por Celso Neto

Evitar as ruas da amargura
Definir as margens da loucura
Semear ternura
Tomar banhos de cultura
Rejeitar a ditadura
Conhecer os males do excesso de fartura
Converter sonhos em pintura
Fazer do nada uma escultura
Ler às avessas a partitura
Fechar a chave na fechadura
Abraçar o desejo de rutura
Sonhar em modo de doçura
Ter alma prematura
Sentir o infinito em miniatura
Amar de forma segura
Fazer da Paz a levedura
Cumprir sem assinatura
Respeitar a jura
Dosear a mistura
Deitar água fria na fervura
Perceber a efémera formosura
Rejeitar jogos de cintura
Escutar o silêncio da noite escura
Condenar a censura
Resistir à ganância pura
Medir de cada passo a largura
Pesar as circunstâncias da altura
Pensar na eternidade na sepultura
Partilhar o “bocadinho” que se dura
Agir com correção e lisura!



domingo, 12 de julho de 2020

VÃO CHAMAR ALLGARVE À P.Q.V. PARIU


VÃO CHAMAR ALLGARVE À P.Q.V. PARIU
Por Celso Neto

Confesso que vejo com muito prazer
Os empresários algarvios a “emagrecer”
Gostava imenso de vê-los falidos
E rapidamente substituídos
Por empreendedores jovens evoluídos
Que considerem que o Algarve também é Portugal
E deixem de nos subalternizar e tratar mal.

Agora queixam-se e já nos querem lá
São mesmo empresários de carácácá…
No tempo dos bolsos a abarrotar
Não estavam pra nos aturar
No imobiliário, na restauração e na hotelaria
Os portugueses eram mera “porcaria”
Quem não soubesse falar Inglês
Era considerado “fraca rês”
Era tratado mal e porcamente
Por esses energúmenos a quem alguns chamam gente!

Espero ver falências com fartura
E que o vosso “mal” não tenha cura
Com empresários com uma nova mentalidade
Voltaremos a respirar, no tratamento, a igualdade
 Ainda bem que a crise para vocês surgiu
Vão chamar Allgarve à p.q.v  pariu!