ARTE (do futuro) EM SÁTÃO – Exposição permanente
Por Celso Neto
Enganaram-se aqueles que como eu pensaram que a escultura
em madeira existente em frente à Biblioteca era o expoente máximo e único de sabedoria,
criatividade e beleza de um artista satense…
Aquela obra (apesar de tudo) ímpar, financiada pelo poder
autárquico, que tantos elogios tem granjeado por todo o concelho, não passa de
Arte Menor, quando comparada com o “último grito de Arte século XXII” (penso
que financiada pela mesma entidade e que suporta o arranjo dos magníficos
jardins envolventes) implantado nas proximidades do Hostel Restaurante Sátão,
no “antípoda” dos “Bosque e Museu Mauriconstroi”, ali para as bandas do “Complexo
Residencial” destinado a minorias étnicas.
Há quem tenha o desplante de dizer que aquilo é uma grua
abandonada, mas os entendidos na matéria identificam-na com o nome artístico de
“Hino à ferrugem – A Arte do livre abandono”, afirmando perentórios que se
trata de Escultura…Arte pura…Cultura!
E…realmente, assim é. Disse-me alguém com pergaminhos no
assunto que aquela simbiose do ferro ferrugento com o perigo, que mantém viva a
chama da possibilidade de um acidente a qualquer momento, o perfeito
enquadramento com a paisagem circundante, a criteriosa disposição da ferrugem,
da tinta e dos cabos de aço, em harmonia perfeita com a qualidade dos materiais
de suporte, faz daquele “conjunto” algo digno de ser candidatado a património
mundial.
Em breve seremos “invadidos” por milhões de turistas.
Tal como a Torre Eiffel, aquilo que estava previsto ser
uma coisa provisória, transformou-se em definitiva e vai ser o “cartão de
visita” da agenda cultural satense.
Constou-me que já circula nas redes sociais um abaixo
assinado para que seja autorizada a construção de réplicas para exportação para
França… (Eu sempre disse que a geminação com Lescar e o apadrinhamento com Les Ulis
haviam de dar os seus frutos, mesmo que tardios!
O Sátão está de Parabéns!
Ditosa Pátria que tais filhos tem!
Post Scriptum
Se me permitem a sugestão… aproveitem o “Ultimo grito de arte
século XXII” para pegar no Hostel e o fazer em “peças” para serem montadas nas
imediações da Praia fluvial do Trabulo, que, como tudo o que é bem feito, está
a ter muita saída e vai ser preciso criar ali uma infraestrutura de apoio a
quem queira pernoitar, sejam turistas religiosos ou de veraneio.
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