O que me irão roubar amanhã?
Será o carro
Será o carro
Que comprei a prestações?
Serão os apartamentos
Que comprei a crédito
Para deixar aos meus filhos e netos?
Será a parte da quintinha
Que me coube em herança
Pela morte da minha tia e dos meus pais?
Sinto-me revoltado com pés de barro
Esmagado pelas inquietações
Autênticos tormentos
Causados por este modo de roubar, inédito
De um desgoverno de analfabetos
Reles gentinha
Que enche a pança
Com a desgraça dos demais!
Podeis roubar-me à vontade…
Estou frágil… é da idade!
Tirai-me a reforma ou a pensão
Mas a Alma, NÃO!
Ide embora, canalhada!
Antes que fiquemos sem nada!
O Portugal que estais a destruir
Há de arranjar forças para vos punir!
Se vier uma peste que vos leve
Ao vosso funeral… farei greve!
Sem comentários:
Enviar um comentário