segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O que me irão roubar amanhã?

O que me irão roubar amanhã?

Será o carro
Que comprei a prestações?
Serão os apartamentos 
Que comprei a crédito
Para deixar aos meus filhos e netos?
Será a parte da quintinha
Que me coube em herança
Pela morte da minha tia e dos meus pais?
Sinto-me revoltado com pés de barro
Esmagado pelas inquietações
Autênticos tormentos
Causados por este modo de roubar, inédito
De um desgoverno de analfabetos
Reles gentinha
Que enche a pança
Com a desgraça dos demais!

Podeis roubar-me à vontade…
Estou frágil… é da idade!
Tirai-me a reforma ou a pensão
Mas a Alma, NÃO!

Ide embora, canalhada!
Antes que fiquemos sem nada!
O Portugal que estais a destruir
Há de arranjar forças para vos punir!

Se vier uma peste que vos leve

Ao vosso funeral… farei greve!

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