AS MO(N)ÇÕES DE CRISTAS
Por Celso Neto
Cristas é como o vento da monção…
Quando o tempo arrefece, muda de direção!
Mente com o mais puro ar angelical
Com um descaramento que nunca vi igual!
Desdiz-se com a naturalidade de um ator
E jura a pés juntos, se preciso for…
Mimetiza com a facilidade de uma rela
Cinismo e falsidade: - isso é com ela!
Vive com a tragédia melhor que um pirata
É astuta como um lince da Malcata…
Usa o boato com a precisão de um atirador
Cheira a bafio, transpira rancor!
Disfarça com a arte de um vigário
Estuda por livros comprados no relicário!
Empolga-se com a vaidade de um pavão
Dá “coices” com o pé que tem mais à mão…
Sorri com a raiva de um javali ferido
Salazar será talvez o seu mais querido!
Ofende com a precisão de um relógio suíço
A maldade transborda do seu corpo roliço…
Parece uma salsicha enlatada
Que fala, fala, fala e não diz nada!
Tem a hipocrisia de um falso profeta…
A sua conduta não é reta!
Mas…
Por mais artimanhas em que se refugie
(e ela estuda bem a lição)
Já só consegue convencer-se a si própria
E ao seu séquito
Ávido por ir ao “pote”
Para recuperar as benesses perdidas
E martirizar os mais frágeis…
Mesmo assim…
Convém estar atento
Pois seria um enorme retrocesso
Para a nossa Democracia
Ser um partido de extrema direita
A liderar a direita portuguesa