terça-feira, 10 de agosto de 2010

Afinal… era uma clínica virtual!!!

A pouca vergonha na Saúde continua. Desta vez o lamentável “episódio” teve lugar a Sul e teve como consequência a possível cegueira de quatro pessoas.
O Serviço Nacional e Saúde, pouco a pouco, vai sendo minado pelos interesses privados dos médicos e das multinacionais que lhes equipam os consultórios com os mais sofisticados equipamentos que nos Hospitais públicos não existem, estão avariados, ou por qualquer motivo não funcionam em pleno.
A Ordem dos médicos, que a minha avozinha dizia que era a gestora do lobby, cúmplice com o actual modelo de acesso, formação e carreira médica, só se ouve falar para reivindicar “papinho cheio…”
Em termos de saúde pública caminhamos aceleradamente para uma república dos abacaxis com o “generais” Pedro e Paulo à frente de um “exército” armado de (dinheiro) até aos dentes, criado para acabar com esse “luxo” de os que não têm dinheiro poderem ter acesso à Saúde.
A “cena” comum, segundo me disse alguém (eu não sei mas não me custa a acreditar) é mais ou menos esta: As clínicas, consultórios ou lá como se chamam fazem o servicinho. Se a coisa corre benzinho recebem o pilinzinho e o caso fica arrumadinho… se corre malzinho recorrem ao hospital vizinho e o SNS que suporte os custos dos “azaresinhos”…
O “mais ignóbil” disto tudo é que as “virgens” não sabiam de nada… Pelos vistos o “espaço”estava bem disfarçado e as pessoas que nele trabalhavam e a ele recorriam, iam mascarados de peixes e toda a gente (incluindo as autoridades de saúde) pensava que aquilo era um aquário.

A Autarquia não sabe de nada, a ARS-Algarve nada sabe, a Ordem dos médicos “moita carrasco”, a Inspecção Geral das Actividades de Saúde népia…
Os pobres dos doentes que “confiaram no barato e bom” estão, agora, internados no Hospital dos Capuchos cegos ou em perigo de o ficar. O dono do “aquário” foi p´ra banhos. A Senhora ministra da saúde anda algures a visitar “obra”e a distribuir “charme”. O País está de férias, moribundo. Os profetas recarregam baterias algures em resorts paradisíacos. O Povo parece à espera que as pombas que voam nos céus, lhes acertem na cabeça com o fruto das suas digestões para, então, soltarem um grito de raiva, “fingindo” que estão vivos…
Este Portugal é uma maravilha. É pena que seja para tão poucos!
Ah! Já foi aberto inquérito e tudo indica que vão ser criadas várias comissões, para que o assunto não “caia em saco roto”, como acontecia na Idade Média.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Queríamos Justiça, sff

Voltar a trazer para a ribalta o caso Freeport ou outro qualquer (infelizmente não é caso virgem), ajuda a compreender o verdadeiro estado da nossa Justiça (dá vontade de chorar!), mas é também uma maneira de não fazer “ondas “sobre muitos outros “podres “do nosso sistema judicial que, diariamente, com a demora e inoperância que lhe são próprios, contribuem para o afundamento de Portugal, através de uma perca constante de credibilidade e um “atar de mãos” a muitos empreendedores… Muitas ideias inovadoras não são postas em prática, porque os seus autores sabem que, se alguma vez tiverem que recorrer à Justiça, estão desgraçados.
Quantos milhares de portugueses aguardam por decisões dos tribunais, resultantes de processos com “barbas brancas”? A comunicação social tem denunciado sistemática e abertamente esta questão ou está mais interessada em só abraçar o que é grande e mediático? (este paradigma de desprezo pelas pequenas coisas, um dia vai sair-nos muito caro!)
Sempre fui amante da arte circense. Cresci com o “gozo” que me proporcionavam malabaristas, palhaços e acrobatas, mas quando estas “habilidades” passaram a ter como actores, gente(?) que nada tem a ver com o circo, morreu a magia dentro de mim e a “revolta” não tem fim! Se me pedissem para definir numa palavra a Justiça Portuguesa eu diria precisamente essa em que pensou…
Basta de brincar com o pagode! Senhores Doutores Juízes, Senhores Advogados, Senhores Procuradores, em todos os vossos graus e qualidades: Assumam as vossas responsabilidades! Deixem-se de trocadilhos. Estamos fartos de lavagem de roupa suja.
Poupem-nos ao trabalho de termos que ouvir, sempre os mesmos, todos os dias, a despejar a mesma cassete… p´ra mais tarde se abraçarem!
O que nós queremos é JUSTIÇA! (sff)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pb nos chumbos…

Anos depois do aparecimento da gasolina sem chumbo, os nossos governantes lembraram-se de criar a Escola sem chumbos num acto de profunda compreensão tanto daqueles que se estão a borrifar para as aulas como daqueles que estão interessados em que isso aconteça, sempre carecidos de mão de obra barata que satisfaça as suas necessidades…
Está aberto o debate para acabar com as retenções. O presidente cessante do Conselho de Escolas já deu o mote (fora de tempo, digo eu) e a senhora ministra parece estar entusiasmadíssima com a ideia, tornando-se adepta convicta do modelo nórdico (que. tudo indica, conhece profundamente)…
Vamos levar a ideia a sério, ou será que se trata de mais uma “moda”, para acrescentar ao rol infindável de experimentações que terminaram sem ser avaliadas?
Para já vai o meu sorriso de desprezo para a “nova ideia”da nova equipa ministerial (pós Maria de Lurdes) constituída por profissionais de questionável saber e competência técnica que, tal como a anterior, confunde edifícios e equipamentos com qualidade de ensino e “continua a cruzada de meter os professores na linha”, “à semelhança” do que fazem os seus pares na Justiça e na Saúde, para citar apenas os exemplos mais relevantes e “baratinhos” e de “elevados” padrões de qualidade para os utentes …
Arrumada (?) a questão dos professores, “bola prá frente”nas “reformas” do Ensino. É agora vez de resolver a questão dos alunos indisciplinados e “baldas” que andam na escola, mas que por variadíssimas razões não lhes apetece estudar, preferindo infernizar a vida dos professores e funcionários…
O que interessa é ter o “diploma”!
O Zé Pagode parece nem se aperceber que o baixar o nível de exigência da Escola pública vai condenar os seus filhos ao fracasso…
Sem hábitos de trabalho, disciplina, conhecimentos e competências os seus filhos não vão longe, num mundo cada vez mais exigente?! (Quem souber diga-me um colégio VIP onde o clima seja de facilitismo e indisciplina)
Com este “novo” paradigma a escola pública tem condições para estimular os estudiosos, ajudar os que têm mesmo dificuldades e meter nos eixos os mandriões?
Afinal para que serve a Escola? Querem transformá-la num “depósito” de crianças e jovens que os pais não conseguem educar e que os professores têm que passar no final do ano, (em que mais não fizeram do que cabular e criar problemas) com base no critério da “ausência de critério”?

Com a habitual “clareza” Isabel Alçada já concluiu que as retenções "não têm contribuído para a qualidade do sistema educativo “ e que o objectivo será sempre o de "melhorar o desempenho dos alunos" e encontrar "novas formas de combater o insucesso escolar". Nessas novas formas, digo eu, só não cabem a exigência, o rigor e a disciplina, valendo outras que ela certamente dirá, quando decidir ser um bocadinho mais concreta…
Ninguém diz à senhora ministra que os “parceiros educativos portugueses” nada têm de comum com os nórdicos?

Enquanto não se “aplicar a fórmula” de premiar o mérito, condenar a preguiça e o desleixo, e implicar e responsabilizar os pais pela educação dos filhos (impedindo-os de invadir o “terreno” dos professores), ninguém espere que a Escola pública melhore…
Contrariamente ao que pensam alguns, não são os professores os grandes culpados pelo insucesso escolar… nem pouco mais ou menos!
Haja tino!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Inferno

Quando era menino, muitas vezes a minha catequista (que Deus em quem piamente acreditava a tenha em descanso) a quem agradeço muitos e bons conselhos, descrevia-nos e mostrava-nos o Inferno (no Catecismo que todos possuíamos) como um lugar de enormes labaredas, onde iam parar, depois de morrer, aqueles que se portavam mal, que roubavam, que matavam … que faziam uma série de coisas que nos dias de hoje dão direito a pena suspensa ou nem isso. (Ainda bem que hoje a catequese é dada de outra forma, mas ainda mal que se perderam alguns valores fundamentais)
Não sei se devido ao procedimento da minha catequista, ou por outra qualquer razão, fiquei com medo das labaredas, para mim ainda símbolo de inferno, não daquele de que me falava a velha e respeitável senhora, mas de um outro que dá pelo nome de FOGOS FLORESTAIS, a que todos os anos, sem excepção, vamos assistindo, com os nossos governantes a justificarem-se e a regozijarem-se quando ardem menos uns metros que no ano anterior…
Fico confuso quando me ponho a pensar nas medidas preventivas que os sucessivos governos vão adoptando, no combate aos incêndios florestais. Os “números” já não são coisa para brincar e (talvez) daí a dificuldade de “mexer” neste assunto, mas na minha cabeça continua a pairar uma dúvida que me atormenta há vários anos: Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para minorar esta calamidade? (Quem souber que responda, se assim o entender e souber).
Fico espantado quando ouço alguns “porta vozes” dizer, com a maior naturalidade, coisas do género: o incêndio foi considerado extinto, não arderam casas nem houve feridos nem mortos… Claro que todos devemos ficar muito felizes quando não há ferimentos nem perda de vidas humanas, mas às vezes até parece que a floresta só serve para arder e justificar os meios de combate aos incêndios…
O inferno já começou! Quem dera que, das Alturas, Deus ilumine os nossos governantes para encontrarem novas soluções…
Será que a nossa floresta incomoda alguém?!
Eu sei que estas coisas da Economia não são para todos, mas mesmo assim, atrevo-me a dizer que aproveitar as nossas florestas para produção de biomassa sempre havia de ser mais barato do que deixar a floresta arder, colocar em riso pessoas e bens, pagar para apagar os incêndios e importar a energia que precisamos… Do Ambiente, nem é bom falar! Limito-me a dizer que os responsáveis pela área, são um belo naipe de cidadãos” muito avançados”…

terça-feira, 27 de julho de 2010

Vai querer factura?

Não é meu hábito parar nas estações de serviço das auto-estradas, porque não nasci vocacionado para alimentar “papões”… Pagar o dobro (ou mais) por uma qualquer sandes, rissol, croquete, bolo ou bebida não são coisas do meu apetite, se não for mesmo obrigado a tal, o que já aconteceu algumas vezes.
Combustível costumo meter onde há empregados a servir, mesmo pagando mais uns cêntimos por litro. Relativamente às bombas das auto-estradas ainda fico a ganhar, porque, não sei se é por dificuldades de acesso dos camiões cisterna às bombas ou por que raio de coisa é que é, o pequeno empresário de umas bombas situadas “atrás do sol posto”, num local de caminhos estreitos e de mau piso, consegue vender os combustíveis mais baratos, (pagando a empregados), do que os “senhores” da auto-estrada com auto-serviço…
São os “tubarões”, vampiros que, até há pouco tempo, fechavam os olhos à “concorrência” dos pequenos e dos médios, mas que agora já comem peixe graúdo, quando isso serve os seus desígnios de “cartel monopolista”.
O que acabo de dizer serve apenas para introduzir o tema da “conversa” de hoje, que tem a ver com o direito que temos (ou devíamos ter) de receber uma factura do que compramos, sem ter que a pedir.
Da última vez que me abasteci de gasóleo numa estação de serviço da A25, (hoje), quando me dirigi ao guichet de pagamento fui surpreendido com a pergunta: Vai querer factura? Tendo respondido afirmativamente, a menina perguntou-me se sabia o número de contribuinte, que lhe disse de imediato, porque sei de cor… Sem mais conversa entregou-me o talão do multibanco e a factura correspondente, eu fui à minha vida e ela lá ficou certamente a fazer a mesma pergunta aos clientes seguintes!
Deduzo, pela pergunta que me foi feita, que os senhores das bombas de combustível não dão factura a toda a gente, o que para mim que tenho dúvidas e me engano muito, significa que a “rapaziada” está a vender sem facturar… Peço a quem saiba que me esclareça, porque esta coisa das leis não é matéria acessível a todos. E da fiscalização da lei, isso então é o cabo dos trabalhos… (excepção feita para os zelosos militares da Brigada de Trânsito, sempre atentos a alguns prevaricadores do álcool, da velocidade e dos cintos de segurança e de outros atropelos às leis do trânsito).
Provavelmente por culpa minha, não me tenho apercebido de grande “empenhamento” da DECO na denúncia da “pouca vergonha” que são as actualizações dos preços dos combustíveis… O Governo também não me parece preocupado com este assunto… Doutas opiniões concluíram que não há cartel nos combustíveis…!
Eu que sou uma pintinha cósmica neste Portugal lindo e tão maltratado apenas clamo das profundezas da minha insignificância: Metam a “arraia miúda, média e grande” na ordem, mas não fechem os olhos a estas atrocidades dos gigantes. É tremendamente injusto e parece muito mal.
Assim, as fotografias dos políticos continuam a ficar tremidas!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

ME(rd)GA…

Apesar da nossa pequena dimensão somos um País de MEGAS. Depois dos mega -superfícies, das mega - esquadras, das mega -fraudes, dos mega -corruptos e de outras merdgas similares, chegou a vez dos mega - agrupamentos de escolas. Segundo parece podem pertencer a cada agrupamento até 3.000 alunos, mas sabendo nós da flexibilidade do ME relativamente às questões pedagógicas, não me admira que dentro em breve tenhamos um zeloso Director a gerir “desertos pedagógicos” de 5.000 crianças e jovens dos 3 aos 18 anos…
Apetece-me perguntar à srª ministra como é que, numa escola com tantos “defeitos” ela aprendeu a ler, a escrever e a contar e mais tarde conseguiu articular estes saberes para se tornar ministra…
A avaliar pelo que tem vindo a ser feito (que está a ser abandonado por outros países) o nosso sistema de ensino era mesmo muito fraquinho. Se não fossem estes “novos iluminados” que nos últimos anos têm abandonado todas as (muitas) experiências pedagógicas e administrativas, (algumas da sua própria autoria) Portugal estava em maus lençóis. Graças ao seu arrojado esforço e competência conseguimos estar no honroso lugar da cauda europeia…

Será demasiado uma escola de 500 alunos ter um director e uma gestão, que acompanhe de perto a vida da escola e resolva, em tempo pedagógico útil, os problemas diários?

Considero as justificações encontradas para a implementação dos mega agrupamentos muito semelhantes àquelas que Bush e Blair encontraram para invadir o Iraque e iniciar a guerra sangrenta que muito lamento: Invadiu-se o Iraque para servir muitos e variados interesses menos o interesse do Povo Iraquiano. Também os mega agrupamentos servem muitos e variados interesses menos aquele que deviam: o Interesse dos alunos!
O sonambulismo cívico dos portugueses é preocupante nesta e noutras matérias. Diariamente são feitos ferozes ataques aos princípios democráticos que Abril de 1974 nos trouxe e nós, impávidos e serenos, entretemo-nos a ver a banda passar
Alguém anda a investir na desvalorização da escola pública através da criação de uma conflitualidade permanente em que os alunos regressam à condição de números. Nesta selva, quem é que está preocupado em saber quem é o 30 do 9º A ou o 35 das “novas oportunidades”?!

Muitos dos novos directores dizem discordar do processo, mas (hipocritamente) aceitam o cargo… (é bom demais para perder!) Com um ar de enfado, aceitam entrar no comboio que viaja em marcha atrás, na procura do próximo “apeadeiro”…

Ainda ninguém se lembrou (para poupar dinheiro) de fechar as escolas todas e optar pelo ensino à distância? Poupava-se em tudo e quase não eram necessários professores… Os dispensados iam para a reforma com penalização e entretinham-se a tocar saladas frias de bacalhau… enquanto o senhor Presidente, os senhores governantes, os senhores deputados e seus séquitos não sujeitarem tal actividade ao pagamento de impostos…
…e o polvo não se engana sobre a pérola que vai comer.
…e o povo acredita!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Que chatice…

Que chatice a nossa Constituição obrigar o “ex-futuro e muito promissor” Passos Coelho a ganhar as eleições para ser primeiro-ministro! Era bem mais fácil que o pudesse ser, levado ao colo pelo Presidente da República, por direito divino, por magia ou coisa parecida…
Este “arauto da desgraça e do desânimo colectivo” que é e não é, não anda nem desanda, não cúpula mas não sai de cima, não é carne nem é peixe, não sabe se quer ou não quer, entre outros “atributos” revelados, decidiu ombrear com Paulo Portas na conquista do título da cretinice política. (dos PCs, Verdes e Bloquistas falaremos um dia destes)
Quem o ouvir, sempre sem grande convicção como é seu timbre, até parece que os males do nosso País resultam da Constituição que temos…
É bem visível que, depois das sondagens o terem colocado à frente nas decisões de voto, Passos Coelho não voltou a ser o mesmo. Pensando, em minha opinião errada e prematuramente: “o Povo já está no papo” desatou a fazer uma serie de asneiras, bem demonstrativas do seu carácter e que apontam os caminhos por onde pretende enveredar. (vamos esperar para ver o que resulta depois de o PSD analisar as propostas de revisão da Constituição de sua responsabilidade…)
O Delfim deixou estalar o verniz e começou a cavar a sua própria cova. Entrámos no início da “derrocada”.
Todos sabemos que o PSD não quer governar nesta altura difícil e para isso acontecer tem que haver crise interna… Santana Lopes e Marcelo já deram o mote. Alguns barões já começaram a fingir que estão a perder a paciência com as birras do menino. Começou o ataque! (que vai permanecer mudo por mais uns tempos, para salvaguardar os “segredos e interesses partidários”).
Passos Coelho teve o “azar” de nascer em Portugal que tanto condena e desvaloriza, mas que queria governar. Nós (por enquanto) termos o azar de ter que o aturar, por mais uns tempos!
Espero que o PS olhe à sua volta e no seu interior e saiba estar à altura das circunstâncias. Se isso acontecer, o PSD vai ter que esperar sentado.
Nestes últimos dias deu para ver mais nitidamente que com Sócrates “eles comem (quase) tudo” mas com o PSD de Passos Coelho “eles comem tudo e não deixam nada”.