domingo, 13 de setembro de 2020

PASSADEIRAS, PEÕES E CAMINHADAS NA ESTRADA

 

PASSADEIRAS, PEÕES E CAMINHADAS NA ESTRADA

Por Celso Neto

 

O lamentável “espetáculo” a que assistimos diariamente com grupos de peões a caminhar na estrada (frequentemente à noite) sem sinalização luminosa e sem coletes refletores (e muitas vezes com roupas escuras) só não tem causado mais danos graves ou mortes, porque deve haver um “anjo” protetor dos inconscientes…

Também os peões que atravessam nas passadeiras sem antes se certificarem se os condutores se aperceberem deles correm grande risco de atropelamento grave ou morte… certamente convencidos de que o facto de atravessarem na passadeira os dispensa de qualquer cuidado!

Os ciclistas sem luz são outra “praga” que vamos vendo, que os coloca em perigo, bem como aos peões, que não se apercebem deles…

 

Relativamente ao assunto em título convém ter sempre presente o Código da Estrada que além de outros aspetos refere os seguintes:

1 - Os peões devem transitar pelos passeios, pistas ou passagens a eles destinados ou, na sua falta, pelas bermas.

2 - Sempre que transitem na faixa de rodagem, desde o anoitecer ao amanhecer e sempre que as condições de visibilidade ou a intensidade do trânsito o aconselhem, os peões devem transitar numa única fila

3- Sempre que transitem na faixa de rodagem desde o anoitecer ao amanhecer e sempre que as condições de visibilidade o aconselhem, os cortejos e formações organizadas devem assinalar a sua presença com, pelo menos, uma luz branca dirigida para a frente e uma luz vermelha dirigida para a retaguarda, ambas do lado esquerdo do cortejo ou formação, bem como através da utilização de, pelo menos, dois coletes retrorrefletores, um no início e outro no fim da formação.

4 - Os peões não podem atravessar a faixa de rodagem sem previamente se certificarem de que, tendo em conta a distância que os separa dos veículos que nela transitam e a respetiva velocidade, o podem fazer sem perigo de acidente.

 5- O atravessamento da faixa de rodagem deve fazer-se o mais rapidamente possível.

 6- Os peões só podem atravessar a faixa de rodagem nas passagens especialmente sinalizadas para esse efeito ou, quando nenhuma exista a uma distância inferior a 50 m, perpendicularmente ao eixo da faixa de rodagem.

7 - Em caso de avaria nas luzes, os velocípedes devem ser conduzidos à mão.

 

Em termos de segurança, independentemente do que refere o Código da Estrada, o importante é cada um zelar pela sua própria segurança, porque dessa forma está garantida e facilitada a segurança de todos.

O peão é o elo mais fraco da cadeia de segurança! De pouco ou nada adianta morrer cheio de razão! Evidentemente que os condutores devem ser cuidadosos e cumprir a lei, mas há sempre falhas e uma delas pode significar a morte do peão, que em termos de robustez não pode competir com os veículos.

SEJAMOS SENSATOS, RESPEITADORES E CUIDADOSOS!

DEIXEMOS DE DAR MAUS EXEMPLOS ÀS CRIANÇAS!

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

REGRESSOS

 

REGRESSOS

Por Celso Neto

 

Poder usufruir do sítio onde nascemos

Faz-nos regressar aos tempos de pequenos…

Passei a meninice numa quinta de aldeia

Muitas aventuras me vêm à ideia…

Pegar na sacola

Ir a pé para a Escola

Jogar ao pião, à bilharda e à bola!

(Educação e respeito pela professora

Nada parecido com agora!)

Caminhos de terra e carreiros que ainda sei de cor

Escolhidos entre o mais perto e o melhor…

Levavam-me a todos os lugarejos

À medida dos meus desejos

Sem pressas e sem perigos de maior

Explorava a Natureza em meu redor

Em paz e liberdade

Sonhava com a vida da cidade

Desafios misturados com medos

Eram a minha caixinha dos segredos

Com os seus cabelos já muitos cor de prata

A minha mãe dizia-me: Inda morres de morte macaca!

Vida farta e livre

Privilégio que sempre tive!

Sem castigos inapropriados

Apesar dos pais pouco letrados…

Alegria de viver

Vontade de aprender

Infância feliz

Vivida entre carris

Disciplina e rigor

Carinho e amor

Vontade de ser alguém

Respeito e obediência ao pai e à mãe

E à Família também

Sem pieguices nem mimos exagerados

Que nos “destemperam” os costados…

 

Dormia

Com uma velha tia

Que mal nos deitávamos me dizia:

Vamos rezar

Para Deus te ajudar!

Rezávamos… rezávamos… até que eu adormecia!

Era a sua canção de embalar!

A tia Belmira a quem presto homenagem

Pela sua abnegação e coragem!

 

Um brinquedo trazido da Feira Franca de Viseu

Era um tesouro caído do Céu!

 

 

 

domingo, 30 de agosto de 2020

TU…MEU VELHO

 

TU…MEU VELHO

Por Celso Neto



Tu que precisas de respirar sonhos e projetos

Se estás a ficar down...pensa nos netos!

Busca a esperança e age com determinação

A vida feliz está ao alcance da tua mão

Há mil motivos para festejar e sorrir

Se acreditarmos que o melhor está para vir

Saboreia o prazer, rejeita a tristeza

Deixa-te seduzir pela beleza

Abraça os amigos e a família

Mantem-se alerta, em estado de vigília

Aproveita tudo o que a vida tem de bom

A apatia é como uma música sem som...

Convive, fala, lê... sai de casa

“Contorna" o “motivo” que te arrasa

Entreabre a porta da "cabine" da certeza

Olha como é bela a Natureza

Entrega-te ao futuro com alma e paixão

Vai onde te leva o coração…

Em vez de complicares... simplifica!

Não faças como fez o meu Benfica! 

terça-feira, 4 de agosto de 2020

FUTEBOL - O ESPELHO MÁGICO

FUTEBOL - O ESPELHO MÁGICO

Por Celso Neto

 

Confesso que não me agrada ver J. Jesus

Voltar ao Clube da Luz…

Este “casamento” entre quem tanto pintou a manta

Fica-me atravessado na garganta!

As línguas ficaram demasiado afiadas

Tal como as das comadres quando ficam zangadas

Sou do Benfica desde muito novo…

A minha mãe dizia que era o clube do Povo!

Tudo por “culpa” do Nicolau e do Trindade

Que eram amigos, numa sã rivalidade…

 

Infelizmente o futebol é o “espelho social”

E isso é que me faz sentir muito mal!

O que ontem era mentira, hoje é verdade…

Está deste “jeito” a nossa Sociedade!

O que hoje é assim, amanhã não é…

O que é preciso é entreter o Zé!

 

É a “máquina” a lavar e eles a descansar…

Nós batermos palmas… a ver a banda passar!

Quem é grande está impune

Pouco é o que os separa, muito é o que os une!

 

Políticos, governantes, deputados…

Vendem a alma aos bocados…

E que dizer dos advogados?

E dos magistrados?

Em Portugal o Futebol é Rei protetor

Mas… tal como a Sociedade atual “é um fedor!”

São muitos os “artistas” de fato, gravata e colarinho branco

Que fazem vida sem precisarem de ir o Banco!

 

Post scriptum

Fiquei muito triste com tanta falta de profissionalismo e tanta derrota

Faltou chama, faltou alma, faltou brio…foi futebol gota a gota!


quinta-feira, 23 de julho de 2020

SABOR A SAL


SABOR A SAL
Por Celso Neto

Gosto de sal
Não de Salgado
Quem, por querer, fez tanto mal
Devia ser exemplarmente condenado.

Ricardo era o chefe, o mandante
De um grupo coeso e bem-falante
Que convencia os que trabalhavam consigo
Que o chefe é que sabia e não havia perigo!

E os políticos que comeram da gamela
Que fizeram tantos cair na esparrela
De confiar as suas poupanças
Nas mãos do "mega expert" de finanças?
O que é feito dos que se deliciavam no seu império?
Alguém sabe dizer-me ou é mistério?
Esta fraude põe a nu o pior deste “cantinho”
E claro que o Ricardo não agia sozinho…
Por maior que fosse a sua competência e esperteza
Uma burla daquelas… metia mais gente, de certeza!
E o Poder
Estava fartinho de saber?

A alguém que não nomeio, mas que detesto
Tiro o chapéu por não ter deixado fazer “o resto”.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

ENQUANTO A VIDA DURA


ENQUANTO A VIDA DURA
Por Celso Neto

Evitar as ruas da amargura
Definir as margens da loucura
Semear ternura
Tomar banhos de cultura
Rejeitar a ditadura
Conhecer os males do excesso de fartura
Converter sonhos em pintura
Fazer do nada uma escultura
Ler às avessas a partitura
Fechar a chave na fechadura
Abraçar o desejo de rutura
Sonhar em modo de doçura
Ter alma prematura
Sentir o infinito em miniatura
Amar de forma segura
Fazer da Paz a levedura
Cumprir sem assinatura
Respeitar a jura
Dosear a mistura
Deitar água fria na fervura
Perceber a efémera formosura
Rejeitar jogos de cintura
Escutar o silêncio da noite escura
Condenar a censura
Resistir à ganância pura
Medir de cada passo a largura
Pesar as circunstâncias da altura
Pensar na eternidade na sepultura
Partilhar o “bocadinho” que se dura
Agir com correção e lisura!



domingo, 12 de julho de 2020

VÃO CHAMAR ALLGARVE À P.Q.V. PARIU


VÃO CHAMAR ALLGARVE À P.Q.V. PARIU
Por Celso Neto

Confesso que vejo com muito prazer
Os empresários algarvios a “emagrecer”
Gostava imenso de vê-los falidos
E rapidamente substituídos
Por empreendedores jovens evoluídos
Que considerem que o Algarve também é Portugal
E deixem de nos subalternizar e tratar mal.

Agora queixam-se e já nos querem lá
São mesmo empresários de carácácá…
No tempo dos bolsos a abarrotar
Não estavam pra nos aturar
No imobiliário, na restauração e na hotelaria
Os portugueses eram mera “porcaria”
Quem não soubesse falar Inglês
Era considerado “fraca rês”
Era tratado mal e porcamente
Por esses energúmenos a quem alguns chamam gente!

Espero ver falências com fartura
E que o vosso “mal” não tenha cura
Com empresários com uma nova mentalidade
Voltaremos a respirar, no tratamento, a igualdade
 Ainda bem que a crise para vocês surgiu
Vão chamar Allgarve à p.q.v  pariu!